quinta-feira, 1 de abril de 2010

Em algum lugar...

Menino meu, quantas saudades de ti, quantas saudades do que eu era quando estava contigo.
Lembro-me bem das nossas risadas e das discussões. Sinto falta disso, de não precisar medir palavras nem conter atos, da liberdade.
Me arrependo por tantas coisas que fiz, mas me arrependo mais de certas coisas que não fiz. De não ter me aproximado mais, de não ter ficado mais um pouco quando você me pediu, de não dizer o que deveria ter dito.
Talvez o presente fosse diferente, talvez não. Não se pode saber o que teria sido, também não se pode voltar. Nada vai mudar, nossa amizade nunca mais será como foi.
E é tão engraçado que eu sequer lembre como ela começou, nem de como acabou. Lembro-me somente de momentos. Nossa última dança, o último abraço. De quando você me protegeu e de quando me acalmou. Do seu choro e do seu sorriso, do seu olhar pedindo aprovação enquanto falava. Do modo como você era convencido e das nossas peripécias. 
É... temos muita história pra contar.
Ah, meu menino, como eu gostaria de ouvir sua voz e de rir ao seu lado outra vez, de debochar do mundo, de querer consertá-lo, de fazer planos para um futuro que nunca chegará. Quero saber se você está bem, quero te ver feliz.
O mundo, depois de ser sua amiga, se tornou melhor aos meus olhos, pois sei que você está nele, em algum lugar, mesmo que esse lugar não seja ao meu lado.

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