sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Indiretas

Se você quer mudar comigo, se afastar de mim, me ignorar ou ser distante, tudo bem. Eu só peço, imploro, que me deixe saber o motivo disso. Eu preciso ter o direito de me explicar, me desculpar ou de, simplesmente, reafirmar o que fiz. Eu preciso saber o motivo pelo qual estou me sentindo intrusa onde antes eu me sentia em casa. 
Sei que tenho inúmeros defeitos, sei que falo e ajo sem pensar não poucas vezes. Sei que sou estabanada e posso magoar as pessoas sem me dar conta disso. Sei que às vezes sou lerda pra entender algumas coisas.




Mas eu não gosto de meias palavras, nem de mais verdades. Eu fiz algo? Pois bem: grite comigo, berre na minha cara ou faça um outdoor mostrando pra todos a perversa que sou, mas me poupe desse silêncio macabro e da dúvida das coisas não ditas.
Não gosto de supor, de suspeitar, de tentar encaixar fragmentos de memória para, talvez, ter um pequeno vislumbre do meu erro. Quando supomos, excluímos as outras alternativas da verdade. Quando bancamos o detetive, temos grande chance de nos deixarmos levar pelo nosso lado da história.
Como não há defesa sem ataque, eu espero pacientemente as tropas inimigas. Não fugirei, juro! Mas faço isso pelo meu direito à resposta. Um combate limpo e claro é melhor que essa paz mascarada e falsa que agora paira agourenta sobre mim. É só uma dica, mas espero que você a siga. 
E que venham os bombardeios!



"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)