sábado, 30 de julho de 2011

Ego

Eu sou aquela menina comum, cabelos e olhos castanhos, altura mediana, mas possuo muitos sonhos. Sou do tipo que gosta de rir e de fazer os outros rirem, pois é lindo vê-los assim.
Brigo com o meu cabelo todos os dias e ele, com raiva, sempre sabota os meus penteados. Sou a menina que gosta mais de ficar em casa, de ler livros enormes e de fazer caretas para o espelho.
Gosto de perfumes amadeirados e, geralmente, masculinos e de esmaltes rosa flúor, que, segundo minha irmã, me fazem parecer um sinalizador. Sou a garota que já morou em vários lugares e já viu de tudo um pouco, mas ainda não achou seu lugar. Sou péssima em consolar pessoas.
Sou uma incógnita ambulante. A garota que muda de opinião a cada instante e nem sabe o porquê.
Sou aquela que está sempre ao lado, mas nunca é a protagonista. Aquela que prefere morrer a se casar e detesta romantismos exagerados. Sou aquela que ama seres mitológicos e situações improváveis. Talvez eu seja um pouco perfeccionista também. Simplesmente adoro animais, tanto mamíferos, quanto aves e répteis. Amo dançar, amo cantar, embora não seja aconselhável para ninguém me ver fazendo isso. Sou apaixonada por música, por fotografia e por cinema, pela paz que essas coisas me trazem. Vejo meus amigos como a família que eu escolhi, vejo minha família como um presente de Deus. Não sei fazer nada de útil, mas admiro aqueles que sabem. Adoraria saber desenhar. Acho que sou um pouco louca. Gosto de ficar imaginando histórias no futuro, gosto de imaginar que tudo é possível. Para mim, tudo é real até que se prove o contrário. Tenho a maior facilidade para acreditar. Amo o Peter Pan de paixão. Gosto de detalhes e do nascer do sol. Gosto do barulho de trovões, eles me dão a ideia de grandeza. Gosto do vento também. Detesto as minhas fotos. Morro de saudade do passado. Gostaria de ter vivido na década de 1950.
Sou um tipo comum, sem nada demais e, ao mesmo tempo, não compatível com essa época louca. Odeio tecnologia, mas não consigo viver sem ela. Talvez eu devesse ter 60 e não 19 anos.
Acho um absurdo ter de me encaixar em padrões de beleza. Acho um absurdo me criticarem pelas músicas que eu ouço. Acho um absurdo me julgarem pelas minhas roupas.
Não consigo ser diferente. Falo palavras complicadas, gosto de assuntos inusitados, prefiro diversões alternativas, digo a verdade, não sou meiga e delicada, sou objetiva e prática, não estou nem aí para o que os outros vão pensar se eu sair sem batom, tento não julgar, odeio ser julgada, sou liberal até demais.
Às vezes as pessoas não me entendem. Às vezes eu não consigo me explicar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tudo termina... Será?

Uma reunião de pessoas de todas as idades, de várias formações, de diferentes cidades, todas se divertindo como se fossemos todos iguais, como uma família que há muito não se via, como pessoas que lutam juntas por uma única causa. O que será isso, senão magia?
Fomos prestigiar a história que acompanhou a "amadurescência" de toda uma geração. Fomos dar nosso adeus a um herói que nunca morrerá para nós. A algo que nos ensinou a coragem para enfrentar o porvir, nos fez companhia em momentos solitários, e nos fez sentir em casa, uma casa distante, nosso querido castelo.
Sentiremos falta da expectativa, do mistério. Sentiremos falta de folhear avidamente um livro com cheirinho de novo e recheado de boas histórias para contar. Sentiremos falta de rir e chorar com nossos personagens preferidos e de ouvir Dumbledore nos dando boas vindas a um novo ano. Sentiremos falta de torcer loucamente numa partida de quadribol e de participar das reuniões da AD. De nos sentarmos à mesa do salão principal no café da manhã e esperar o correio coruja.
Alguns dirão que somos loucos e que imaginamos demais. Mas eles é que não imaginam tudo o que vivemos, página a página, com nossos amigos de tinta e papel, nossas aventuras, nossas conquistas.
Ironicamente, foi um mundo fictício que nos ensinou a ter fé no mundo real e a lutar pelo bem deste. Foi com amigos fictícios que aprendemos a valorizar nossos amigos de verdade. E foi com sonhos que aprendemos a construir a realidade.
E, assim, num passe de mágica, tudo teve um fecho. Coroado por risos, fantasias, fotos e brincadeiras, "ola" no cinema, choro no final. Pessoas que se descobriram parecidas, com o eterno espírito de um aprendiz, um estudante, um aluno de Hogwarts ou de onde quisermos.
Nos despedimos pela última vez... Será? Alguém já dissera que os que amamos nunca nos deixam realmente. E nunca nos deixarão. Sempre estarão ali, escondidos no cantinho da estante, esperando somente que os leiamos novamente e novamente, quantas vezes quisermos, quando quisermos, vivendo cada aventura outra vez.
Chagará o dia em que contaremos para nossos filhos uma história fantástica: a nossa! Nossa como leitores, como fãs, como que viveu grandes coisas.


De verdade? O fim é só um ponto de vista... eu prefiro pensar que o fim é só o começo de algo melhor.