sábado, 23 de outubro de 2010

Eles

A espera, a entrada, a multidão.
As luzes, a falta de espaço, a expectativa.
Uma batida conhecida, uma melodia familiar, a nostalgia.
Pulos, gritos, danças, palmas.
Fotos tremidas, fotos boas, tentativas de fotos.
Vontade de chegar mais perto, vontade de ficar ali para sempre.
A tentativa de cantar mais alto, a sensação de que se chegou ao limite.
Os empurrões e cotoveladas que, no fim, valeram a pena e foram até esquecidos.
A mistura de fãs de todos os tipos e idades, o sentimento de irrealidade, a confirmação de que não é sonho.
A atenção dada a todos os movimentos e sons, a admiração barulhenta, a admiração muda.
O fim que chegou rápido demais, a despedida, os gritos : "Mais, um, mais um!".
A volta aclamada, as músicas que fizeram parte de algum momento da vida de alguém.
O fim de verdade, a emoção, o cansaço bom de sentir, o reconhecimento:
"TI-TÃS, TI-TÃS, TI-TÃS".




" O acaso vai me proteger enquanto eu andar..."
(Titãs)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Futuro

Fico pensando em como será o futuro. Previsões um tanto quanto estranhas me vêm à cabeça.
Talvez daqui a alguns anos os blogs virem literatura e as professoras os ensinem na escola literária do "Internetismo", a qual será caracterizada por textos curtos e sem assunto definido. Talvez os alunos pensem: "Mas por que, raios, esse povo escrevia isso?" e talvez ninguém saiba explicar.
Provavelmente a música não será mais produzida por pessoas, mas toda baseada em sons aleatórios do computador e a palavra "melodia" se tornará obsoleta.
Talvez (e isso me assusta) os emos e coloridos sejam considerados a marca da juventude da década de 2010.
Quem sabe as fotos sejam em movimento, como no Harry Potter. E por falar nele, provavelmente se tornará um clássico de leitura obrigatória.
A televisão transmitirá cheiros e a moda será andar pelado (sim, pois as roupas só têm diminuído). Ursos polares serão lenda. Os EUA estarão em declínio. Ninguém mais terá dente do siso. As crianças não mais subirão em árvores ou soltarão pipas (elas já não o fazem mais, mesmo agora). As pessoas morrerão com 150 anos.
E eu estarei contando pros meus netos que quando eu era criança, adorava escalar árvores. Mas eles me perguntarão: "Vovó, o que é árvore?"

Sono

(Nota explicativa: esse texto foi escrito em uma madrugada na qual eu estava morrendo se sono, mas não conseguia dormir, portanto, não há nexo nenhum nele)
Não consigo desligar. Fico nessa ânsia de escrever algo e nada me vêm à cabeça. Eu fico com sono e meus pensamentos se embaralham e vêm todos ao mesmo tempo.
Poderia escrever sobre certos e errados, memórias, vontades, sobre nada e sobre tudo.
A madrugada, porém não passa e nem me traz inspiração, mesmo se exibindo toda com suas estrelas e a lua, que hoje está cheia.
Talvez escrever seja mesmo difícil, mas eu devia ter pensado nisso antes. Não adianta mais chorar pelo blog derramado. Mas quer saber? Tanto faz! Ninguém vai ler mesmo...
Acho que eu queria saber desenhar de verdade, acho tão bonito!
Hum... também queria ter menos preguiça e ir estudar.
Acho que escrever me dá sono. Eu quero fazer pilates e voltar a dançar. Eu não acredito no casamento. Um dia eu vou ter uma jiboia e um leão.
Eu morro de vontade de pular numa cama de hotel cinco estrelas. Quando eu crescer eu vou ser diferente do Barack Obama.
O trabalho mais chato (e inútil) do mundo deve ser o de ascensorista (ainda existe isso? Faz tempo que não vejo nenhum...) O que as pessoas têm contra apertar um botão?
Caraca... detesto essa gíria. 
Acho que é melhor eu dormir.