domingo, 20 de março de 2011

Caos interior

Eu imagino histórias, reinvento fatos, revejo rostos, relembro perfumes. Não há um segundo sequer em que minha mente esteja parada.
Eu gosto, especialmente, de tentar prever o futuro e mudá-lo quantas vezes eu quiser. Gosto de criá-lo e recriá-lo de acordo com o meu humor. Vivê-lo, revivê-lo, até me cansar, e descartá-lo.
Já vivi muitas vidas, já fui muitas pessoas, já me apaixonei por príncipes e plebeus, astros de rock e jogadores de futebol. Já fui médica, atriz e bailarina. Também fui jogadora de vôlei e chef de cozinha.
Já voei e naveguei em navios piratas. Já presenciei a aurora boreal de cima de um balão. Já cantei para a lua uma triste canção e já imaginei o passado todo em tons de sépia.
A cada dia invento algo novo, uma aventura a qual me adentrar. Saboreio-a, esqueço-a.
A cada noite tenho os sonhos mais loucos e impossíveis e os amo, mesmo quando não são bons.
Minha mente é um embaralhado de idéias revolucionárias, boas histórias do passado, impossíveis previsões do futuro, desejos para o presente, imagens, sons, perfumes, sensações, gostos. Todos sussurrando-me ao ouvido ao mesmo tempo. Um completo caos que nunca fica em silêncio.
Tenho um universo inteiro dentro de mim, sem leis e sem impossibilidades. É onde todas as coisas são lindas e me fazem ver a realidade com olhos de poeta. Um poeta sem palavras para descrevê-la.
Tudo sempre é novo, tudo sempre é belo, tudo sempre pode inspirar uma bela história que vale a pena ser contada.

Um comentário:

  1. Deixei um selo pra você lá no meu blog, depois vai lá pegar :)
    Bisous, Catherine.

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