sábado, 21 de agosto de 2010

Olhos verdes

A garota, com o rosto de Che Guevara estampado na blusa, permanecia olhando a rua, com suas músicas tocando baixo. Ela o viu passando, com fones de ouvido e cabelo em moicano, murmurando uma melodia que ela não pôde escutar. O que ele cantava? 
À medida que ele passava, a menina vislumbrou seus olhos, tão verdes, tão distantes, tão imersos em algo invisível. Em que ele pensava? Ela gostaria de saber. 
O mistério em torno daquele desconhecido, de repente, a atraía. Aquele rosto sereno tinha algo diferente, instigava. É... ele tinha potencial... e era belo, estranhamente belo.
Os olhos incrivelmente verdes continuaram seu caminho na rua ensolarada. Os olhos dela o seguiram até que não pudessem mais vê-lo. Qual seria o seu nome? 
Nada mais que alguns segundos foram necessários para que ele se fosse. Tão pouco tempo, qual era o nexo disso? Ela queria que ele ficasse, que ele a olhasse... Mas por quê? Quem era ele?
Mas ela nunca chagará a saber.





"A coisa mais bela que podemos experimentar é o mistério. Essa é a fonte de toda a arte e ciências verdadeiras." (Albert Einstein)

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